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Rumo a? Os "jogos" por trás da final da Copa do Brasil

  • Foto do escritor: Na Marcação
    Na Marcação
  • 16 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Por Vitor Bueno

16/10/2018 | 21h08


“Um jogo que vale 50 milhões de reais e a temporada 2018 inteira. O Cruzeiro viverá o sucesso ou o fracasso em 90 minutos”. Após altos investimentos financeiros no começo do ano em posições carentes, título Mineiro, um começo de temporada empolgante, um planejamento que visava a conquista da Libertadores e a consolidação dos membros da diretoria recém-eleita. O ano passou, a disputa do Brasileirão foi esquecida e o campeonato negligenciado, a Libertadores escapou e segue como um sonho e, agora, o que resta é o título da Copa do Brasil.


Após todos esses acontecimentos, a frase de Luiz Martini, jornalista do Globo Esporte, sobre a disputa de quarta-feira ilustra bem o valor que o título da copa nacional tem não só para a cúpula celeste, mas também para a torcida, para a comissão técnica e para os jogadores.


O Cruzeiro foi campeão da Copa do Brasil em 2017 em vitória sobre o Flamengo. (Foto: Cristiane Mattos / Light Press / Cruzeiro)

O segundo jogo da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, que será disputado quarta (16) na Arena Corinthians vale muito mais para o Cruzeiro do que somente a valorosa premiação de 50 milhões de reais para o vencedor da competição – a maior da história do torneio. Vale também a chance de conquistar um título de expressividade em um ano em que muito se investiu e resultados são esperados. “É duro resumir um ano inteiro numa partida, mas pelo investimento feito, folha salarial cara e falta de resultados satisfatórios em outras competições, a Copa do Brasil se tornou um bálsamo na vida do Cruzeiro”, completou Martini.


Caso saia de campo vencedor na quarta, a temporada celeste estará salva, as chances de permanência do treinador, embora altas, aumentarão e a torcida ficará mais em paz com a diretoria, que após erros e deslizes durante o ano sofreu duras críticas por parte da imprensa e dos adeptos e agora busca se redimir com o título da Copa.


Se o resultado for negativo para os cruzeirenses, a previsão é de que a crise financeira se escancare a partir da próxima temporada. Com uma folha salarial extensa e cara e somada às dívidas contraídas na FIFA, um dos objetivos caso o título venha é equilibrar as contas, se o final for outro, a previsão é de que as contas sigam no vermelho e aumentem progressivamente para o ano que se inicia. Este fato prejudicaria o planejamento do ano que vem, como dito por Martini em sua colaboração: “caso o título não venha, o necessário é tirar lições, manter a base forte e trazer reforços pontuais, preferencialmente sem inflar ainda mais a folha do clube. A diretoria tem que ser cuidadosa na análise para chegadas e, principalmente, na saída de jogadores caros que não estão rendendo tanto”.


Além disso, a derrota na Copa do Brasil pode significar uma derrocada no futuro do clube no próximo ano, pois com a grande expectativa gerada em torno das copas disputadas em 2018, o clube abriu mão da disputa do Campeonato Brasileiro e agora possui apenas 4,9% de chances de se classificar para a Libertadores de 2019 via G6. Dessa forma, com a disputa da Libertadores 2018 já encerrada para a Raposa, as chances de configurar na competição continental de 2019 estão no jogo de quarta-feira. Caso a Copa do Brasil não venha, a vaga na Libertadores 2019, provavelmente, também não virá, o que traria uma decepção já para o ano de 2019.


A final de quarta põe em jogo para o Cruzeiro o sucesso nessa temporada, o título de expressão esperado, um alívio aos cofres do clube, o planejamento da temporada 2019 e a paz nos bastidores do clube.

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