Cruzeiro de 1966: o time que derrotou Pelé
- Na Marcação
- 28 de nov. de 2018
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Atualizado: 3 de dez. de 2018
Por Vitor Bueno
28/11/2018 | 22h47

Durante um período que compreendeu da metade da década de 1950, percorreu toda a década de 1960 e se encerrou na metade da década de 1970, o futebol brasileiro presenciou em seus gramados a desenvoltura de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé. Todo esse tempo, o melhor jogador do mundo desfilou seu futebol vestindo a camisa do Santos e deu muitas alegrias ao torcedor. Pelo alvinegro praiano, foram 1116 jogos com 1091 gols marcados e 26 títulos conquistados. A maior parte desses títulos, foram alcançados na década de 1960 e, quando se passa a falar de Taça Brasil, hoje Campeonato Brasileiro após a unificação, todos foram conquistados nesse período.
Ao olhar os anos das conquistas, percebe-se uma verdadeira hegemonia do Santos de Pelé no Brasil; 1961, 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968. Todos os títulos foram conquistados em sequência, ano após ano, mas é notória a quebra dessa continuidade no ano de 1966 e essa quebra não foi nada comum.
Considerado como imbatível por muitos na época, o Santos era, de longe, o time mais forte do país, das Américas e marcava grande presença no cenário europeu, onde disputou mundiais de clubes e foi chamado várias vezes para a disputa de amistosos. No Brasil, era soberano, assustava a todos os outros clubes, alguns do eixo Rio-São Paulo tentavam bater de frente com o peixe, mas a maioria das vezes, sem sucesso. Quando se saía desse eixo, as situações dificultavam ainda mais; devido ao futebol da época, eram poucos os confrontos estabelecidos entre times de eixos diferentes, algo que se via apenas na Taça Brasil e, com as atenções voltadas ao Rio-São Paulo, os times de outros estados possuíam pouca visibilidade, além de que os elencos eram inferiores. Ao comparar com o Santos, esses times menos conhecidos não incomodavam de maneira alguma e eram sempre “amedrontados” pelo time de Coutinho, Pelé e Pepe.
Com toda essa soberania, os títulos ficavam todos com o alvinegro praiano, porém, em 1966, algo fora do comum aconteceu no futebol brasileiro. Um time, de Minas Gerais, até então com pouca expressividade no cenário nacional, tirou o domínio santista que perdurava desde 1961. O Cruzeiro não pertencia ao principal eixo do Brasil e também não dispunha de um elenco tão qualificado e experiente quanto o do Santos; apesar de possuir bons jogadores, não era favorito para desbancar o time do Rei, pois contava com jogadores jovens e, em sua maioria, inexperientes, um expoente totalmente contrário do encontrado no lado favorito do jogo.
Após começar a jornada derrotando o Americano do Rio de Janeiro, o Cruzeiro teve pela frente Grêmio e Fluminense antes de chegar à final contra o time paulista que, do outro lado da chave, passou apenas pelos pernambucanos do Náutico.
A final era vista pela comunidade futebolística da época como algo já certo, apontando para a vitória santista e o sexto título nacional em sequência para aquele time que parecia ser imbatível e que manteria por mais um ano sua hegemonia nos gramados tupiniquins. Os torcedores também se mostravam pouco confiantes na vitória celeste, porém os jogadores, a comissão técnica e a cúpula do Cruzeiro queriam ganhar o título a todo custo e tinham confiança nisso, tudo isso por visarem obter destaque no cenário nacional; como disse o historiador especializado na história do Santos Guilherme Guarche: “O Cruzeiro tinha um timaço e queria destaque no futebol brasileiro, por isso queria a todo custo vencer as duas partidas naquela final, Raul, Procópio, Piazza, Natal, Evaldo, Tostão e Dirceu Lopes eram os principais nomes do time de Minas que estava jogando um futebol de primeira linha e encarou de igual para igual o então time santista que era considerado por todos como o melhor do Brasil, mas futebol se ganha dentro do campo e não nas estatísticas.”
Por outro lado, o time do Santos via o jogo com certa soberba e superioridade, já imaginava uma vitória certeira e não esperava uma derrota para a equipe mineira. O sucesso recente era grande e soberano, o que permitia ver o Santos, sim, com superioridade, porém não se deve olhar para uma final com falta de atenção. “Em 1966 o futebol mineiro ainda não era considerado como de primeira linha no Brasil, embora já tivesse sido inaugurado em 1965, o Mineirão não era ainda o palco principal de grandes partidas no país, talvez tenha sido por isso que o time do Santos não deu muita atenção ao time do Cruzeiro naquelas finais do Campeonato Brasileiro e acreditava que os dois jogos seriam jogos normais e fáceis de serem vencidos, e deu no que deu”, disse Guilherme Guarche.
Dia 30 de novembro de 1966. O primeiro jogo da final foi num Mineirão lotado, diante de 77.325 pagantes e com uma exibição exuberante da turma comandada pelos jovens Tostão e Dirceu Lopes; quem presenciou a partida diz não se esquecer daquele primeiro tempo que julgam como uma das maiores exibições de um time na história do futebol brasileiro, um 5 a 0 nos 45 iniciais. O Cruzeiro abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo, gol contra de Zé Carlos. Após 4 minutos Natal ampliou a contagem dos mineiros, Dirceu Lopes guardou o terceiro e o quarto, aos 20 e 39 minutos e Tostão se encarregou de fechar a conta da primeira etapa, aos 42 minutos em cobrança de pênalti.
A segunda parte do jogo começou com tudo quase definido, mas o Santos assustou no começo com Toninho Guerreiro, que marcou aos seis e aos nove, porém o time celeste tratou de organizar as coisas e ainda fez mais um quando o relógio marcava 27 minutos com o “Príncipe” Dirceu. Destaque para as expulsões de Procópio e Pelé aos 30, ocasionada por uma pequena discussão dentro de campo, que foi mal interpretada pelo árbitro e resultou em vermelho para os dois. Após o jogo, ambos tentaram se explicar e disseram não entender a decisão de quem os expulsou. “Num jogo apitado por Armando Marques, pode-se esperar: de uma hora para outra serei expulso. É uma velha mania daquele juiz, que ganhou fama justamente por visar-me mais que qualquer outro. Tudo não passou de uma troca de palavras ríspidas, que não justificam as expulsões” disse o Rei. Procópio também se manifestou quanto ao ocorrido: “Não entendo, até agora, porque fui expulso. Eu só disse ao Pelé que ‘apelar, assim, não!’. Ele respondeu com um palavrão e o juiz estava perto. Pelé ainda tentou convencer o juiz que eu era inocente e que nada havia dito. Tempo perdido”.

Após o surpreendente 6 a 2 em Minas Gerais, os olhares para a final mudaram e a força celeste foi reconhecida pela maioria, porém ainda faltava um caminho para o título. Na época, os mata-matas eram disputados de forma diferente da que se vê na atualidade. Sem gol qualificado e disputa de pênaltis, vencia quem liquidasse mais jogos em uma melhor de três, ou seja, se o Santos vencesse a volta no Pacaembu, mesmo que pelo placar mínimo de 1 a 0, forçaria um terceiro jogo em campo neutro. Este fator poderia trazer vantagem ao Santos, que provavelmente ganharia um terceiro jogo pela sua força (o que nunca se sabe, levando em conta o que é o futebol), portanto, era importante que o Cruzeiro ganhasse o jogo da volta e liquidasse o título já em São Paulo.
No dia 07 de dezembro de 1966, no Pacaembu e na presença de 30.000 pagantes, foi dado início ao segundo jogo daquela final. Como o Santos corria atrás da vitória para jogar a partida-desempate e com o elenco que tinha, os comandados de Lula saíram na frente com o Rei aos 23 minutos do primeiro tempo e ampliaram a vantagem com Toninho dois minutos depois. A primeira etapa terminou com a vitória parcial do Santos por 2 a 0 e, durante o intervalo nos vestiários, um fato de bastidores, bem típico do futebol brasileiro. O presidente do Santos, Athiê Jorge Cury e o da Federação Paulista, Mendonça Falcão foram até o vestiário da Raposa negociar para que o terceiro jogo fosse realizado no Maracanã, palco familiar aos santistas; os cruzeirenses expulsaram os dois do vestiário alegando que ainda não tinha nada ganho. “Na segunda partida em São Paulo, no intervalo o Santos ganhava por 2 a 0 e os dirigentes santistas foram ao vestiário do Cruzeiro propor que a terceira partida fosse disputada dois dias depois - já que o Santos tinha acertado um amistoso no exterior e ganharia 30 mil dólares. Como o Santos estava ganhando por 2 a 0, ninguém imaginava que o Cruzeiro fosse vencer na etapa complementar, e a proposta irritou os cruzeirenses e mexeu com o brio da moçada mineira. A direção do Santos propôs que, caso a terceira partida fosse realizada como queriam os santistas, o Cruzeiro ganharia toda a renda do jogo e mais 10 mil dólares do jogo no exterior” disse Guilherme Guarche.
Após essa atitude dos dirigentes, que foi vista como uma afronta pelo pessoal do Cruzeiro, os times voltaram ao segundo tempo e, os mineiros, com um ânimo a mais para vencer aquela partida e levantar o “caneco” naquele mesmo dia. Logo aos 12 minutos, pênalti para o Cruzeiro, Tostão cobrou e o goleiro santista Cláudio defendeu a cobrança, no entanto, o time não se abalou e, com 18 minutos, Tostão em uma cobrança de falta improvável, em um lugar praticamente sem ângulo, cobrou fechado e enganou o goleiro, 2 a 1 Santos. Dirceu Lopes tratou de empatar a partida aos 28 e deixar o resultado favorável ao título celeste. Só o empate bastava para a taça der levantada pelos mineiros, porém, Tostão & Cia. não deixariam por isso mesmo, com vontade vencer e incomodados com a atitude dos presidentes no intervalo, trataram de vencer o jogo. O relógio marcava 44 minutos, uma tabela de Tostão com Dirceu pela esquerda, “A Fera de Ouro” foi ao fundo e cruzou na área, onde encontrou Natal que colocou a bola no fundo das redes. Era a virada celeste, 3 a 2 e título sacramentado.

No dia seguinte o povo foi às ruas em Belo Horizonte, o time era ovacionado pelas ruas da capital mineira e os jogadores exaltados. Os campeões da Taça Brasil desfilaram num caminhão do Corpo de Bombeiros e deixaram os adeptos enlouquecidos na cidade. A empolgação era grande e Tostão era clamado por muitos como o “Rei branco do futebol”. Nos jornais da época, a redenção ao time que saiu desacreditado de Belo Horizonte, vendo o favoritismo aportar ao outro lado e voltou com a Taça no bolso e em grande estilo. A Gazeta Esportiva estampava em suas páginas: “A capital mineira comemora delirantemente a grande vitória do Cruzeiro. Populares festejam pelas ruas e a grande alegria deverá prolongar-se por muito tempo. O governador Israel Pinheiro receberá amanhã à noite, em praça pública, a delegação do time alvi-celeste, promovendo a entrega das faixas de campeão brasileiro.” (Publicado na edição do dia 8/12/1966).

Com a vitória em grande estilo sobre o melhor time do país, o Cruzeiro se juntava aos grandes do Brasil e passava a ocupar um patamar de maior notoriedade no cenário nacional. Porém, o título alcançado pela equipe mineira naquele chuvoso 07 de dezembro, sobre um campo todo enlameado, representava muito mais que isso, representava de fato um marco histórico no futebol brasileiro, que, a partir dali, partia para uma guinada em seus rumos e na maneira como era levado. Na época, as maiores atenções eram voltadas para os times do eixo Rio-São Paulo e quem não pertencia a essa organização, era tratado de forma secundária, jogava apenas campeonatos estaduais e não tinha grandes competições para disputar, a exemplo da Taça Rio-São Paulo. Essa realidade de competições grandes e a nível nacional escassas só veio a mudar com a criação da Taça Brasil no ano de 1959, quando ficou decidida a criação de uma grande competição com a participação dos vencedores dos campeonatos estaduais para ser disputada em nível nacional, a fim de diminuir a centralização Rio-São Paulo e dar mais notoriedade para times de outras Unidades Federativas.
“A relevância é máxima, aquele 6 a 2 e o 3 a 2 são bandeiras dentro da história do Cruzeiro, são feitos inesquecíveis, feitos majestosos, então foi muito importante. A conquista acabou colocando o Cruzeiro nesse cenário esportivo nacional, mas a vitória maiúscula sobre o Santos, digamos que deu um certo glamour a essa chegada. O Cruzeiro não chegou de uma forma tradicional ou comum, ganhando de 2 a 1, não ele chegou chegando, com 6 a 2 no Santos, vencendo o Santos no Pacaembu, evitando o terceiro jogo, então foi uma chegada com pompom, com glamour. Realmente é esse cenário nacional.” Anderson Olivieri, historiador do Cruzeiro.
A partir desse momento, os clubes passaram a ter maior importância no cenário nacional e os títulos estaduais viraram o único vetor de acesso ao campeonato nacional. Mesmo com tudo isso, a centralização em torno do Rio de Janeiro e São Paulo era grande e o favoritismo dos clubes de lá seguia predominando e não dando chances aos outros clubes, ou seja, os times de outros Estados passaram a ter oportunidade de maior visibilidade, mas na prática, nada mudou, o favoritismo ainda era dos times do eixo e os títulos seguiam ficando todos com o Santos. Diante desse cenário, o futebol da época conhecia o Rio-São Paulo e se surpreendia com as chegadas do Bahia, que até chegou a ser campeão da Taça Brasil, na primeira edição em 1959. O feito dos baianos não foi suficiente, já que nas próximas seis edições, times de São Paulo foram vencedores do torneio. Uma vez para o Palmeiras em 1960 e outras cinco para o Santos. Além disso, o efeito do título baiano foi pouco pelo fato de os anseios de mudança no quadro da época não serem tão latentes nos times de fora do eixo naquele momento. E é aí que o Cruzeiro entra nessa história.
A vitória da Raposa sobre o Santos de Pelé, com uma goleada no primeiro jogo e sem precisar de ter a terceira partida chocou muitos dirigentes do futebol brasileiro e surpreendeu pessoas da mídia e torcedores. O feito demonstrava que times de outros Estados tinham, sim, capacidade de ganhar títulos e de disputar de igual pra igual com equipes do Rio-São Paulo, demonstrava também a força que essas agremiações possuíam e que só não tinham ido mais longe pela falta de oportunidades e por não estarem nos “holofotes” do futebol da época. O maior exemplo de que esse título do Cruzeiro representou uma guinada histórica é que após ele a CBD ampliou o torneio Rio-São Paulo com a inclusão do campeão da Taça Brasil, do Atlético, do Grêmio, do Internacional e do Ferroviário (do Paraná) e também, logo no ano seguinte, em 1967, foi criado o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o “Robertão”, que posteriormente deu origem ao que é hoje o Campeonato Brasileiro.
A importância do título é maior ainda dentro da história do próprio Cruzeiro, que a partir dali se consolidou no cenário como um dos principais, se não o principal time de fora do eixo Rio-São Paulo. Apresentando um futebol vistoso e com um elenco que seria um dos melhores, quiçá o melhor da história do clube, o Cruzeiro demonstrava que chegou para incomodar. O legado do time comandado por Tostão e Dirceu Lopes dura até hoje entre os cruzeirenses e amantes do futebol, tanto que em uma pesquisa realizada pelo site “Superesportes” em 2015, com a participação de mais de 20 mil internautas, o time de 1966 foi eleito o melhor Cruzeiro dos 50 anos de história do Mineirão. “O Cruzeiro ainda deve muito à turma comandada por Tostão e Dirceu Lopes. Eles abriram as portas nacionais para o clube e expandiram horizontes para novas conquistas e crescimento estrutural (primeiros passos). Um time que não cultiva seus ídolos, perde o trem da história. Por isso os dois são figuras presentes nos bastidores e ações até hoje. Para se ter ideia, se você perguntar a um cruzeirense, mesmo que não tenha visto a dupla em ação, qual o melhor Cruzeiro de todos os tempos, provavelmente ele vai citar os dois ou um deles. Isso porque os pais e avôs já devem ter contado para seus entes sobre eles.” disse Luiz Martini, setorista do clube pelo Globo Esporte.
A conquista também tem grande relação com o surgimento do Mineirão. Fundado em 1965, o estádio Governador Magalhães Pinto acompanhou o Cruzeiro em todas as suas vitórias de grande importância, no cenário nacional, o que foi iniciado pelo título de 1966 com um primeiro jogo em um Mineirão lotado, onde 77.325 pagantes marcaram presença para assistir à goleada sobre o Santos. “A taça Brasil de 66 colocou o Cruzeiro no cenário desportivo Nacional, foi quando finalmente o Cruzeiro conquistou seu espaço dentro do futebol brasileiro, atraiu olhares; ‘que time é esse de Minas que ousou ganhar do Santos de 6 a 2 no Mineirão, 3 a 2 no Pacaembu? Quem é esse pessoal quem é essa meninada?’ Então chamou atenção do Brasil inteiro. Tem uma crônica belíssima do Nelson Rodrigues que fala que inclusive aquele é o melhor time do mundo, então a gente percebe ali uma chegada de um novo tempo realmente para o Cruzeiro. Ali o Cruzeiro se torna o clube nacional, expandiu as fronteiras e alcançou o estrelato nacional realmente. E isso tudo coincidiu com a com a inauguração do Mineirão em 1965, então o Cruzeiro e o Mineirão têm essa história sintonizada e afinada desde ali desse momento, ali do surgimento do estádio e da chegada do Cruzeiro ao cenário Nacional.” disse Anderson Olivieri.
Com toda essa notoriedade ganhada pelo título, o Cruzeiro deixou realmente um marco e um legado na história do futebol brasileiro, ao abrir espaço para a inclusão de mais times de fora do eixo na época, o que reflete hoje, no futuro, e também por mostrar a verdadeira força, o verdadeiro potencial das agremiações de outros Estados perante aos principais times do país. O Cruzeiro e o ano de 1966 são tão históricos, pois marcam um verdadeiro divisor de águas no futebol do país, em seus ditames e no seu futuro, ao ser um claro demarcador da inclusão de times menos vistos à época nas competições de maior importância e também da criação de campeonatos maiores ainda em nível nacional, com a participação de equipes de todas as Unidades Federativas, o que claramente aumentou a importância dada aos times, a diversidade de clubes e das maneiras de se jogar futebol; fora isso, proporcionou revelações mais notáveis de grandes jogadores em todos os quatro cantos do país.
O Cruzeiro de 1966 pode não ter sido “o melhor time do mundo”, como dito por Nelson Rodrigues, mas é, certamente, o time mais importante da história do futebol brasileiro.
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