top of page

Como o Corinthians se tornou o maior campeão da década?

  • Foto do escritor: Na Marcação
    Na Marcação
  • 13 de dez. de 2018
  • 12 min de leitura

Atualizado: 15 de dez. de 2018

Por Enrico Ziotti

13/12/2018 | 16h00


No dia 8 de novembro de 2008, o Timão conquistou o título da série B ao vencer o Criciúma por 2x0, ainda na 34ª rodada do campeonato. Dez anos após o retorno para a elite do futebol brasileiro, o Corinthians se tornou o maior campeão da década com títulos, dentre eles, uma Libertadores e o cobiçado Mundial de Clubes da FIFA. Para entender a trajetória do time que foi do lixo ao luxo em uma década, é necessário resgatar personagens e acontecimentos que tornaram possível essa década tão vitoriosa.


2008: Recomeço


Em pé: André Santos, Júlio César, Willian, Chicão, Morais, Bebeto, Diego, Diogo Rincón e Felipe. Agachados: Elias, Dentinho, Douglas, Herrera, Alessandro, Carlos Alberto, Cristian, Lulinha e Wellington Saci (Foto: Agência Lance)

É impossível falar da volta por cima do Corinthians sem mencionar Mano Menezes. Assumiu o Corinthians em 2008, conquistou a série B e trouxe muitos jogadores cruciais que deram alegrias para o torcedor corintiano mesmo depois da saída do técnico. Para André Ranieri, jornalista da Jovem Pan e setorista do Corinthians, Mano tem grandes responsabilidades em títulos posteriores. “O Mano implantou uma filosofia no Corinthians que se tornou a mais vencedora de lá pra cá. [...] Colocou uma estrutura que se defende muito bem, que tem uma transição boa e quando tem oportunidades, mesmo não sendo muitas, consegue matar os jogos, independentemente do adversário.

Além disso, André também enfatiza a continuação do trabalho do Mano, que teve seu fim em 2010. “O Mano tem um mérito enorme, foi fundamental para a reconstrução do Corinthians. Chegou em 2008, subiu, foi campeão Paulista, da Copa do Brasil e quando foi comandar a seleção em 2010, o Corinthians era líder do campeonato brasileiro.”

Ao conquistar o título da série B com o Corinthians, Mano Menezes teve a ideia de tentar a contratação de Ronaldo Fenômeno, apesar do jogador estar há um ano parado, fora do peso e desacreditado por muitos.


2009/2010: O Fenômeno

Foto: Rodolfo Buhrer/Placar

Para Victor Melges, dono da @SCCP, a maior página não oficial de um clube brasileiro, que conta com mais de 800 mil seguidores, Ronaldo mudou a história do Corinthians. “Eu sempre digo que existe o Corinthians antes da era Ronaldo e o Corinthians pós era Ronaldo. Na minha opinião, Ronaldo Fenômeno foi o grande responsável pelo Corinthians de hoje. Além de ter dado resultado dentro de campo, ele colocou o Corinthians em outro patamar com os projetos para o CT, laboratório e afins.”.

Apesar dos três títulos de melhor jogador do mundo e ter sido protagonista do pentacampeonato do Brasil em 2002 e era, no momento, o maior artilheiro da história das copas, Ronaldo ainda era uma dúvida muito grande. Estava pesando mais de 100 quilos e a mais de 300 dias sem jogar profissionalmente devido a uma lesão que sofreu quando ainda defendia o Milan.

A conversa para contratar Ronaldo começou num almoço entre Mano Menezes, técnico da época, e Andrés Sanchez, presidente de futebol da época, em que eles comentavam sobre o jogo beneficente que Ronaldo organizou com Zidane e, quando Andres perguntou se Mano havia visto Ronaldo jogar, a resposta foi “Eu vi ele tentando se movimentar”. Apesar de todas as limitações físicas e toda a desconfiança da imprensa, por parte da torcida e até por parte dos dirigentes do Corinthians, Ronaldo assinou com o Timão não só com o objetivo de jogar futebol, mas também para atrair publicidade e renda para o time.

Em questão financeira, o Fenômeno foi o maior negócio da história do Corinthians. Ao renovar com a Nike por 5 vezes mais o valor do contrato anterior, assinar com a Batavo e dar início ao uso de propagandas nas mangas, ombros e até na barra inferior da camisa, o time alvinegro viu sua renda aumentar de maneira astronômica. Com isso, a reestruturação do CT levou o Corinthians para outro patamar. Para André Ranieri, jornalista da Jovem Pan e setorista do Corinthians, Ronaldo “Foi um divisor de águas no Corinthians”. Em entrevista, Ranieri também enfatiza a importância do Ronaldo para os torcedores. “Ele ajudou o torcedor a lembrar que era grande, trouxe confiança ao Corinthians, mesmo depois da saída dele, continuou esse legado.”


Dentro de campo

Ronaldo encerrou sua carreira como jogador do Corinthians com 69 partidas e 35 gols. O primeiro deles aconteceu dia 8 de março de 2009 contra o maior rival do Timão: o Palmeiras. Aos 47 minutos do segundo tempo, Ronaldo faz o gol de empate após escanteio cobrado por Douglas. O Fenômeno, que nunca teve destaque pelos seus gols de cabeça, teve sua volta ao futebol marcada justamente por este feito incomum até no auge de sua carreira. Celso Unzelte, jornalista da ESPN e historiador do Corinthians, ao comentar sobre esse jogo marcante, relata a visibilidade que Ronaldo deu ao Timão: “Aquele gol que o Ronaldo faz de cabeça na volta contra o Palmeiras, seguramente, é o gol do Corinthians mais visto no mundo. O mundo inteiro viu. Ninguém nem lembra que o Corinthians nem ganhou aquele jogo, só empatou. É um jogo que o Palmeiras perdeu de 1x1.”

Ronaldo foi campeão Paulista e da Copa do Brasil em 2009. Além disso, o Fenômeno deixou gols nas finais das duas competições. Na final do Paulista, contra o Santos, Ronaldo fez dois gols e um deles foi o golaço de cobertura no Fábio Costa que marcou esse campeonato para a história do Corinthians. Na final da Copa do Brasil, contra o Internacional, Fenômeno fez um dos gols da vitória do primeiro jogo por 2x0, que praticamente garantiu o título para o alvinegro.

Apesar de Ronaldo ter sido, como citado por Ranieri, “um divisor de águas no clube”, o craque teve sua despedida do Corinthians e do futebol após uma das grandes decepções da história alvinegra. Ainda na fase pré-Libertadores, o Corinthians foi eliminado após perder de 2x0 para o pequeno e desconhecido Tolima, da Colômbia. A eliminação precoce no campeonato mais importante da América foi a oportunidade que Ronaldo encontrou para pendurar as chuteiras. No dia 14 de fevereiro de 2011, Fenômeno anunciou sua aposentadoria dos gramados.


2011: Colhendo frutos


A eliminação precoce na Libertadores não foi um grande impasse para a equipe do Corinthians da época, que foi vice no Campeonato Paulista e campeã brasileira pela quinta vez. O time que continha Ralf, Jorge Henrique, Sheik, dentre outros jogadores de destaque, foi para o ano seguinte com um time que teve suas origens durante o comando de Mano Menezes, mas que foi aprimorada por Tite, que mais tarde se tornaria o maior técnico da história do Corinthians. Ao perguntado sobre essa sequência de trabalho dos dois técnicos, André Ranieri afirma: “O Tite pega o trabalho do Mano. Ele [Mano] monta times muito bons, o Tite não sabe montar time como ele. Desses jogadores que o Corinthians encontrou, principalmente em 2008, 2009, tem muito do Mano.”


2012: A conquista


Apesar de toda a história de 101 anos de Corinthians estar repleta de conquistas, gols, jogadores eternizados, o Timão ainda era piada por nunca ter ganho uma Libertadores. O “time sem passaporte” começou o ano de 2012 com um time competitivo suficiente para garantir o título inédito na história.

Libertadores

Foto: Ari Ferreira/Lancepress

O início da competição mostrou que aquela Libertadores estava com a ‘cara do Corinthians’. No primeiro jogo, o Timão empatou com o Deportivo Táchira, na Venezuela. O gol de empate do alvinegro foi feito por Ralf, de cabeça, aos 48 minutos do segundo tempo. A evolução do clube durante a fase de grupos é incontestável e possuí um caso marcante para sua confirmação. Na volta do jogo contra o Táchira, o Corinthians aplicou uma goleada de 6 a 0 no time venezuelano.

O início da fase eliminatória foi marcado pelo empate polêmico contra o Emelec, em que Tite chegou a chamar o árbitro daquela partida de covarde após o jogo. Apesar de um empate sem gols, essa partida não pode cair no esquecimento do torcedor, pois foi o jogo que marcou o início da titularidade de Cássio no gol do Timão. Na volta, o Corinthians passou para a próxima fase ganhando de 3 a 0.

Quartas de final da Libertadores. Adversário: Vasco, um dos favoritos na época. O empate sem gols do jogo de ida não estragou um dos maiores confrontos daquele ano. Na volta, o Corinthians faria uma de suas melhores atuações naquele ano.

Aos 17 minutos do segundo tempo, um erro de saída de Alessandro deixou somente Diego Souza contra Cássio. Diego era mais rápido que os defensores que voltavam para impedir o mais provável, mas não chegaram a tempo. Contudo, Cássio defende com as pontas dos dedos e joga a bola para o escanteio. A narração daquele momento feita por Cleber Machado, narrador da Globo, define o sentimento do estádio: “A torcida do Corinthians comemorou como se fosse um gol! A do Vasco lamenta como um pênalti perdido.”. Para muitos, esse lance é o momento em que o Corinthians se sagrou campeão da Libertadores. Por outro lado, o Timão ainda tinha muitas dificuldades pela frente.

Tite tinha sido expulso minutos antes dessa jogada, mas conseguiu assisti-la por ter se juntado com os torcedores na arquibancada. A partir daquele momento, o técnico do time virou somente mais um naquele bando de loucos. O jogo continuou tenso e mesmo fora de campo, Tite ainda dava inúmeras instruções para o auxiliar que ainda estava no jogo com celulares e, muitas vezes, gritos e gestos. Aos 42 minutos do segundo tempo, Paulinho aproveita escanteio e sobe mais que todos ali. De cabeça, o meia abre o placar e praticamente garante a presença do Corinthians na semifinal e o sonho da conquista mais vivo do que nunca.

Enfrentar o Santos de Neymar na semifinal da Libertadores não seria tarefa fácil. A equipe do Corinthians permaneceu muito defensiva no jogo de ida e conseguiu garantir a vitória na Vila Belmiro após golaço de Sheik. Na volta, o Timão saiu perdendo e antes que começasse o desespero da torcida, que ainda estava traumatizada com a eliminação do ano anterior. O empate saiu nos pés de Danilo. O meia experiente e frio foi uma das peças fundamentais desse campeonato seja com a presença e liderança dentro de campo ou todos os gols que fez em momentos decisivos do time. Somente o 1 a 1 foi o suficiente para levar o alvinegro para a final da Libertadores contra o Boca Juniors de Riquelme.

O Corinthians, até então invicto na competição, foi com cautela para o primeiro jogo, na Argentina. O Boca jogava muito em casa e o time brasileiro não conseguiu segurar o ataque argentino: aos 27 minutos do primeiro tempo, Roncaglia abre o placar para o time da casa. O Timão ia perdendo pela primeira vez na competição, derrota que complica o jogo da volta, mas teve a presença de um herói improvável para o time alvinegro: Romarinho! Apesar o atleta ter começado no Timão muito bem, estrando com dois gols contra o Palmeiras poucas semanas antes da final contra o Boca, o jogador não era cogitado pela torcida para entrar naquele momento, mas Tite confiou em Romarinho. O menino, que tinha 21 anos na época, mudou a história do Corinthians. Ao entrar em campo, o jogador correu rumo ao gol para receber um passe de Sheik e o primeiro toque de Romarinho na bola em um jogo internacional foi uma ‘cavadinha’ que encobriu o goleiro caído e empatou para o Corinthians aos 42 minutos do segundo tempo. O Timão mantém sua invencibilidade para o último jogo da competição. Dia quatro de julho de 2012 foi um dos dias mais felizes da vida de muitos torcedores corintianos. Nesse dia, o Corinthians se sagrava campeão no Pacaembu após derrotar o Boca Juniors por 2 a 0, dois gols de Sheik. O atacante foi o melhor em campo; não deixou a ‘catimba’ influenciá-lo, fez os defensores ficarem desestabilizados e marcou os dois gols que garantiram o título inédito para o clube e o fim de uma piada.

Mundial

Foto: Daniel Augusto Jr

A invasão corintiana no Japão ficou para a história. A FIFA reconheceu em carta que ‘pelo menos 20 mil corintianos foram para o Japão’. Para chegar à final contra o Chelsea, o alvinegro paulista teve que passar por Al-Ahly. Com gol de cabeça de Guerrero, o Timão conseguiu a oportunidade que tanto desejava para a conquista do segundo mundial.

Disputar uma final contra o Chelsea, campeão da Champions League daquele ano, seria o maior desafio para um time naquele momento. Como já era esperado, grande parte do jogo foi o ataque inglês contra a defesa brasileira. No documentário do título, o goleiro Cássio que conversou com os jogadores do Timão durante o intervalo do jogo e o que mais se falava era “dá para ganhar desses caras” e assim foi. Com jogada iniciada na defesa, que depois passou pelos pés de Jorge Henrique, Paulinho, Danilo e, por fim, pela cabeça de Guerrero, o Corinthians abriu o placar na final do Mundial de Clubes. Cássio ainda teve que fazer defesas até hoje consideradas as maiores da carreira do goleiro e alguns até colocam entre maiores defesas já feitas por goleiros do Timão. O trabalho de Cássio foi tão reconhecido que o goleiro recebeu o prêmio de “Melhor jogador da partida” e o de “Melhor jogador da competição”.


2013/2014: Dias de luta, dias de glória


Foto: Marcos Ribolli

Após anos com títulos de Paulista, Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores e Mundial, o Corinthians passou dois anos com menor ritmo. No ano de 2013, o Corinthians foi campeão Paulista e da Recopa. Após o baixo rendimento do ano, o time não renovou o contrato de Tite e contratou Mano Menezes para a temporada de 2014. Mano montou um time consistente defensivamente, com um ótimo meio campo e um ataque preciso, mas as peças não conseguiram se encaixar naquele ano e o Corinthians não faturou nenhum título em 2014.


2015: A volta de Tite


Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

Com o rendimento baixo, a diretoria corintiana tirou Mano do comando e optou pela volta de Tite, que novamente deu seguimento para um trabalho de Mano no Timão, como em 2011 e, também de maneira similar, conquistou o Brasil. Apesar de sofrer um desmanche, o alvinegro começou o ano bem, mas ainda sem muita sorte. O Timão ficou em terceiro lugar no Campeonato Paulista com nenhuma derrota na competição. Além disso, na Libertadores, o Corinthians caiu no grupo de São Paulo e San Lorenzo (campeão do ano anterior) e passou em primeiro após derrotar o rival paulista por 2 a 0. Na fase seguinte, o time enfrentaria o Guarani do Paraguai e, de acordo com o dirigente corintiano, isso foi um “presente dos deuses”. O Corinthians foi derrotado pelo Guarani nos dois jogos e eliminado da Libertadores ainda nas oitavas de final.

Com a eliminação invicta no Paulista e a eliminação precoce na Libertadores, a torcida se revoltou com o time, que após as eliminações teve que arcar com a saída de Guerrero, que foi para o Flamengo mesmo depois após ter dito que aqui no Brasil, ele só jogaria no Corinthians. Além dele, Sheik, Petros, Mendoza, Fábio Santos também foram embora com esse desmanche de 2015 e, com poucas pessoas que ainda não tinham muito nome no futebol, Tite arrumou o time com os jogadores que sobraram e transformou aquela escalação num dos Corinthians mais habilidosos da história.

A fim de manter o foco do time no Campeonato Brasileiro, Tite jogou com os reservas na Copa do Brasil e foi eliminado na primeira fase após perder para o Santos. Cássio, Arana, Edilson, Felipe, Gil, Jadson, Rodriguinho, Renato Augusto, Elias, Romero, Vagner Love e Tite foram os principais personagens da conquista do Brasileirão de 2015. O Corinthians se sagrou campeão com o melhor ataque (71 gols feitos), melhor defesa (31 gols sofridos) e maior pontuação da história dos pontos corridos (81 pontos).


2016: Poeira baixa e nova promessa


Foto via fotospublicas.com

O início do ano mostrou que seria muito difícil do Corinthians se manter como favorito para as competições que disputaria. Isso aconteceu devido outro desmanche; Renato Augusto, Elias, Gil, Ralf, Jadson, Vagner Love, dentre outros jogadores deixaram o Timão e grande parte foi para o futebol chinês por quantias exorbitantes de dinheiro. Renato Augusto, por exemplo, aceitou a proposta de receber em torno de dois milhões de reais por mês para jogar na China. No ano de 2016, o Corinthians não teve nenhum título e sofreu muitas trocas de técnicos. Depois das passagens de Cristóvão Borges e Oswaldo de Oliveira, o Timão decidiu efetivar Fábio Carille, auxiliar técnico que chegou ao Corinthians com Mano Menezes em 2009. O técnico teve seu primeiro jogo como técnico do Corinthians somente em 2017.


2017: A continuação do trabalho


Foto: Gazeta Press

Carille tinha como maior promessa ao torcedor o ajuste da defesa alvinegra. Com Cássio, Arana, Fagner, Balbuena e Pablo na defesa, o Corinthians de 2017 se tornou um dos times mais estratégicos da história corintiana. O jogo que deu ‘início’ ao ano foi o dérbi no Campeonato Paulista, na Arena Corinthians. Jogo em que o Palmeiras era favorito e o Timão ainda foi prejudicado com a expulsão injusta de Gabriel ainda no primeiro tempo. Mesmo com um a menos, o Corinthians conseguiu segurar o ataque palmeirense e, num contra-ataque aos 42 minutos do segundo tempo, Jô faz o gol e garante a vitória alvinegra. A partir desse jogo, o Corinthians, que era colocado como a quarta força do futebol Paulista, ganhou a confiança que faltava para a temporada. Após ser campeão Paulista sobre a Ponte Preta, o grande desejo era o Campeonato Brasileiro, já que o time não se classificou para a Libertadores daquele ano.

Cássio, Fagner, Arana, Balbuena, Pablo, Jadson, Maycon, Gabriel, Rodriguinho, Romero, Jô. Esses são os nomes que trouxeram o campeonato brasileiro com direito à melhor defesa (30 gols sofridos) e o recorde de campanha a mais tempo na liderança (34 rodadas). Apesar o time ser conhecido pelos desmanches, Carille encaixou o time de maneira que a limitação técnica não fosse grande empecilho para os títulos conquistados.


2018: Idas e vindas

Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

O Timão conseguiu se manter no alto nível do futebol brasileiro mesmo após a saída de vários jogadores antes da temporada começar, como Arana, Jô, dentre outros. Se sagrou campeão do Campeonato Paulista após vencer, nos pênaltis, o rival Palmeiras. A última vez que o time foi bicampeão Paulista foi na presença de Sócrates, em 1982 e 1983. Com a boa campanha no estadual, o Corinthians começou o Campeonato Brasileiro na parte de cima da tabela, mas sofreu muito durante a janela de transferências que acontece na pausa para a Copa do Mundo. Balbuena, Pablo, Arana, Rodriguinho, Jô. Além disso, o Corinthians teve que se despedir de Fábio Carille. Depois de nove anos no alvinegro, Carille foi para Al Wehda, da Arábia Saudita. Sem o técnico que conquistou dois títulos no primeiro ano como técnico efetivado, a crise no Corinthians explodiu. A atuação do time, que era muito calma e defensiva em 2017, se tornou desesperada, despreparada e muito pouco efetiva. Roger, Jonatas, Danilo Avelar, Douglas, foram contratações que não foram o suficiente para suprir a carência deixada pelos jogadores anteriores nas respectivas posições. No campeonato Brasileiro, o Corinthians ficou com o mesmo número de pontos da campanha que causou o rebaixamento, em 2007 (44 pontos). Mesmo assim, ficou na 13ª posição e conquistou uma vaga para a Sul Americana de 2019. Além disso, o Corinthians foi finalista da Copa do Brasil e ficou com o vice após ser derrotado pelo Cruzeiro.

Com o fim de uma temporada muito abaixo do esperado, as contratações começaram no final desse ano para a temporada de 2019. Por enquanto, o Corinthians acertou a vinda de Ramiro (Grêmio), Richard (Fluminense), dentre outros jogadores. Além disso, o ano comandado parte por Osmar Loss e parte por Jair Ventura não agradou a diretoria, que acertou a volta de Fábio Carille como técnico.

Nos últimos 10 anos, o Corinthians ganhou:

Cinco Campeonatos Paulistas - Quatro série A e um série B (2009, 2013, 2017/18);

Três Campeonatos Brasileiros (2011, 2015, 2017);

Uma Recopa Sul-Americana (2013);

Uma Copa do Brasil (2009);

Uma Taça Libertadores da América (2012);

Um Mundial de Clubes (2012)

Comments


  • twitter
  • Instagram ícone social

©2018 by Na Marcação. Proudly created with Wix.com

bottom of page