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Até quando? Como o desmanche do elenco prejudicou o Corinthians?

  • Foto do escritor: Na Marcação
    Na Marcação
  • 18 de out. de 2018
  • 3 min de leitura

Por Enrico Ziotti

18/10/2018 | 15h50

“O Corinthians sofre desmanches porque faz sucesso. O clube talvez seja um dos mais vitoriosos dos últimos anos e, diante disso, coloca muitos jogadores em evidências. Em muitas vendas, o clube tinha pouco percentual de direito econômico, vendeu barato ou teve de aceitar o pagamento de uma multa baixa, um evidente erro de contrato”. A frase do jornalista Marcelo Braga, setorista do Corinthians no Globo Esporte, define a atual situação do Corinthians, que foi derrotado ontem (17) para o Cruzeiro na final da Copa do Brasil por 2x1, em casa.

Arana, Pablo, Balbuena, Sidcley, Maycon e Rodriguinho, Jô. O Corinthians perdeu 7 jogadores titulares desde o fim da temporada passada até o fim do primeiro semestre de 2018. Perder jogadores é um problema evidente na grande maioria dos times de futebol. Por que os desmanches afetam tanto o Corinthians?


Rodriguinho em seu último jogo pelo Corinthians (Fonte: Ricardo Moreira/Fotoarena)

O PROBLEMA DAS VENDAS


“Em muitas vendas, o clube tinha pouco percentual de direito econômico, vendeu barato ou teve de aceitar o pagamento de uma multa baixa, um evidente erro de contrato”, diz Braga.

Ao perguntar sobre a atual situação para Victor Melges, dono do Twitter @sccp, que conta com mais de 850 mil seguidores, o torcedor completa Braga. “Isso acontece por dois fatores: o primeiro, é pela incompetência da diretoria em não colocar multa alta no contrato dos melhores jogadores. O segundo, vai também pela economia do país. Não é fácil bater de frente com um mercado europeu, por exemplo. Mas uma das soluções seria uma multa alta. Hoje em dia, a diretoria percebeu isso e melhorou nesse quesito, tanto que a multa da maior joia do clube hoje, Pedrinho, chega aos 200 milhões de reais.”

Ao analisar as últimas vendas do Timão, a precariedade das negociações fica evidente:


VENDAS DO CORINTHIANS NAS ÚLTIMAS JANELAS


Arana - R$ 20 milhões (aproximado)

Pablo – Voltou para o Bordeaux por empréstimo, Corinthians não conseguiu acerto financeiro com o zagueiro

Balbuena - R$ 18,4 milhões

Sidcley – Estava por empréstimo no Corinthians, foi para o Dínamo de Kiev pois o Timão não quis desembolsar R$ 13 milhões para exercer a prioridade de compra do jogador

Maycon - R$ 22,1 milhões

Rodriguinho - R$ 15 milhões (aproximado)

Jô - R$ 32,1 milhões, mas foi comprado por R$ 39,3 milhões (7 milhões a mais)


CONSEQUÊNCIAS


Após a decisão de ontem, o empresário de Pedrinho disse em seu Instagram que “Foi a gota d’água” e que ainda não o vendeu, mas “Farei de tudo para que isso aconteça”.

As vendas do final da temporada passada até a janela pós copa não só desfalcaram o time como não deu poder aquisitivo para contratações de peso que pudessem substituir a altura os jogadores vendidos. Henrique, Léo Santos e Jonathas são exemplos disso. Pouco fizeram quando comparado com os antigos atuantes nas posições desses jogadores, hoje titulares do Corinthians.

Durante a decisão contra o Cruzeiro, as limitações individuais escancararam a crise. Léo Santos, joia da base, cometeu um grave erro na defesa, que resultou no primeiro gol da Pantera. No primeiro jogo da decisão, o erro de marcação de Henrique e Léo Santos permitiu o cabeceio de Thiago Neves, que desviou e entrou no gol alvinegro. Os incontáveis erros de passes no meio de campo dificultam a vida de Jonathas, centroavante que atuou em oito jogos e só marcou um gol.


Agora, o Corinthians se encontra na 11ª posição no Brasileirão, mas somente quatro pontos atrás do Ceará, atualmente na ponta de cima do Z-4 e joga contra o Vitória, que está em 16º, domingo (21), no Barradão.

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