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Distância não existe para o são-paulino! Conheça João Maria, um torcedor fanático do São Paulo FC

  • Foto do escritor: Na Marcação
    Na Marcação
  • 2 de nov. de 2018
  • 4 min de leitura

Por Caio Coutinho

02/11/2018 | 00h01


João Maria é torcedor fanático do São Paulo. Jovem, ele mora na cidade de Lorena, no interior de São Paulo. João faz de tudo para ir ao Morumbi, mesmo com a distância. Quando não pode ir, João acompanha o clube pela televisão e pela internet, fazendo comentários das partidas em suas redes sociais.


João no Morumbi durante o jogo entre São Paulo 1x0 Rosário Central, no dia 09/05/2018 (Divulgação: Twitter)

Fala João! Como foi o primeiro jogo do São Paulo em que você esteve no Morumbi?

Fala Caio! A primeira vez que eu fui ao Morumbi foi aos 7 anos, em 2004, pela idade, não consigo me lembrar qual foi a partida. Lembro apenas de ter sido 1x0 pro São Paulo, mas também me recordo de ter sido uma baita de uma festa, eu estava com boa parte da minha família no estádio nesse dia.


E hoje? Você se sente da mesma forma quando vai aos jogos?

Hoje a sensação ainda é sempre de euforia, expectativa e frio na barriga, principalmente por sair de Lorena e enfrentar 4 horas de estrada para ir e para voltar (em meio as paradas e coisas do tipo), a ansiedade vai lá no alto quando nós da Caravana Tricolor (grupo responsável pelo transporte de torcedores aqui do Vale do Paraíba) entramos na Saad, avenida que desemboca no estádio.


Com qual frequência você vai aos jogos?

Esse ano tento ir a um jogo por mês, adoraria ir mais, porém o gasto acaba sendo alto e por ter as contas fixais mensais, acaba ficando um pouco puxado. Mas sempre que por exemplo, eu acabo viajando pra São Paulo à trabalho e coincide com algum jogo do tricolor na capital, eu dou meu jeito de ir e também ver os amigos do Twitter!


Há uma distância de mais de 200 Km entre Lorena e o Morumbi. Como você lida com essa distância e ainda assim consegue ir aos jogos quase que mensalmente?

É realmente desgastante enfrentar horas e horas de estrada. O problema na verdade se dá mais pelas pausas tanto na ida quanto na volta, e aí uma viagem que era para durar entre duas horas e duas horas e meia acaba se esticando para três ou até quatro horas de viagem. Quando o São Paulo ganha aí eu não dou nem muita importância pra duração da viagem na volta porque todo o dinheiro gasto valeu a pena!


Quais jogos te marcaram mais positivamente e negativamente?

De todos os jogos que eu fui no Morumbi existem 3 que me marcaram - 2 positivamente e 1 negativamente. Positivamente, me marcaram São Paulo x Ponte Preta em fevereiro de 2017 que foi minha volta ao estádio após quase 11 anos e o hat-trick do jogador Gilberto (hoje no Bahia); e também o jogo entre São Paulo x Rosário Central em maio deste ano, que foi a primeira vez que assisti um jogo com amigos do Twitter que eu nunca tinha visto e foi um jogo sofrido, no entanto, o São Paulo saiu com a vitória e a classificação, respectivamente.


Negativamente, me marcou muito o recente clássico Choque-Rei, entre o tricolor e o Palmeiras, por diversos motivos. O primeiro com certeza foi por se tratar de um clássico; torcedor algum quer perder clássico, ainda mais in loco. Segundo que era o divisor de água de campeonato: se ganhássemos, a chance de título ficaria altíssima, mas se perdemos (e foi o que aconteceu) praticamente daríamos adeus a corrida ao título. E deu no que deu… Fora que o time jogou muito mal e foi dominado em casa, deixando o tabu de vitórias em cima do Palmeiras cair por terra após 16 anos.


Um título favorito?

Indiscutivelmente o Mundial de 2005. Por tabela acaba vindo a Libertadores do mesmo ano também, mas o Mundial… bom, é o Mundial, um clube sul-americano resistindo ao futebol europeu apresentado pelo Liverpool e uma atuação magistral de Rogério Ceni, um dos maiores goleiros da América do Sul na época.


Um jogador subestimado da história do clube e um superestimado? E por quê?

Um jogador subestimado que atua pelo São Paulo é o Jucilei. Chegou completamente desacreditado pela torcida (ainda mais por ter jogado no rival Corinthians) mas logo tomou conta do meio campo. É um primor fora do comum a maneira que ele lida com a bola e com os adversários no meio campo. Classe pura. Espero que encerre a carreira no clube e que consiga faturar um título pra sua carreira.


Um jogador superestimado, também desse ano é o Diego Souza e não falta motivos. Joga com nome, não aparece quando precisa nos momentos decisivos e tomou decisões completamente errôneas nos momentos que não podia.


Um ídolo?

Rogério Ceni. Não tem porque explicar muito. É simplesmente o maior ídolo do clube e um dos mais vitoriosos que passou por aqui. Líder nato. Quem tem Rogério como ídolo não precisa explicar sua idolatria, tanto dentro quanto fora das quatro linhas.


Um gol favorito?

Eu ficaria entre o centésimo do Rogério, que dispensa comentários do porquê da escolha, e o segundo gol do São Paulo contra o Sport em 2014, que Kaká, Pato, Auro, Souza e Tolói (sim, o zagueiro) participaram a jogada e Pato no fim, converteu no canto do Magrão.


Diego Aguirre: merece ficar 2019?

Diego Aguirre. Ainda quero dar uma carta de confiança para o mesmo, mas nos últimos 2 meses a minha confiança (e acredito que de uma boa parte da torcida) caiu muito por diversas insistências nas escalações, fazendo o intenso uso de improvisações e não dando chance aos meninos que tem aparecido na base. Se ficar, acredito que o Campeonato Paulista vai fazer jus a tradição de manter ou derrubar técnicos e com ele, acho que não vai ser diferente.


Rogério Ceni vem fazendo ótima campanha pelo Fortaleza. É hora de voltar?

É sonho de todo torcedor ter de volta o maior ídolo da história, ainda mais com a enorme crescente que teve no Fortaleza. Sua passagem no São Paulo foi completamente manchada pela diretoria e ele ficou completamente sem recursos e de mão atadas com as diversas vendas de jogadores. No entanto, acho interessante que ele fique longe do clube e adquira mais rodagem. O Fortaleza tem altíssimas (se não garantidas) chances de subir a série A e acho que isso será um grande divisor de águas na carreira de técnico do Rogério. Torço para que em breve, em uns 3-4 anos ele volte ao clube para tentar se campeão também como técnico e aumentar ainda mais a lista de títulos que existe na sua carreira e na do clube.


Um jogador favorito do time atual?

Com certeza Jucilei. Subestimadíssimo e classe pura.

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