40 dias sem vitória: a derrota para o Internacional e o que se esperar do resto de 2018
- Na Marcação
- 19 de out. de 2018
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Por Caio Coutinho
19/10/2018 | 10h59
“O São Paulo não fez uma boa partida contra o Internacional. Apesar de ter feito seu gol com dois minutos de jogo, a equipe recuou em campo e deu espaços para o adversário criar no ataque. O resultado foi perfeitamente justo com o que ambas as equipes produziram”. A fala de Yago Rudá, setorista do São Paulo no Lance! é a perfeita definição da queda de rendimento da equipe no segundo turno e de como o jogo contra o time gaúcho estancou os problemas do Tricolor. Já são 40 dias sem vencer e não há muitas expectativas para o resto de 2018.
A partida do time contra o Internacional é um reflexo de todos os outros tropeços: um começo confiante, com um gol logo no início e um resto de partida apática, sem organização tática e com pouca força física. O São Paulo se mostrou ser uma equipe sem reação, que aceita facilmente ser dominada pelo time adversário e não tem estratégias para mudar isso.
Segundo Yago, “o São Paulo terminou a primeira metade como campeão e com um aproveitamento de 71,93% dos pontos disputados. Embora o time tenha sofrido algumas mudanças, como a entrada do Bruno Peres na vaga que antes era ocupada pelo Éder Militão, não se esperava uma queda de rendimento tão brusca em um espaço de tempo tão curto”.

A falta de precisão do time contra o Internacional mostra para o torcedor que as chances de título são pífias. No primeiro turno, o time precisava apenas de 7 finalizações, aproximadamente, marcar um gol. Já no segundo, esse número aumenta para 14 finalizações.
Além da análise tática, os números também não ajudam. Segundo o departamento de matemática da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), o São Paulo tem apenas 2,6% de chances de título. Yago completa: “Sonhar ainda é possível para a torcida tricolor. Contudo, apesar da esperança, a tendência é de que o São Paulo fique pelo caminho e não consiga superar seus rivais na briga por este título. O time deve pagar muito caro por conta dessas cinco últimas rodadas sem vitória”.
Para o próximo jogo, contra o Atlético-PR em casa, Diego Aguirre já vem testando mudanças nos treinos. Gonzalo Carneiro e Luan, jogador da base, treinaram nos lugares de Nenê e Jucilei. Everton Felipe também foi testado na vaga de Tréllez. As mudanças podem fazer efeito e dar mais mobilidade ao time, mas a falta de um elenco com mais opções é nítida.
Para o resto do campeonato, a torcida do time precisa ter “o pé no chão”. Os últimos anos do São Paulo foram de poucos títulos e de muita luta contra o rebaixamento. Já em 2018 essa realidade é diferente. O clube conseguiu voltar a primeira parte da tabela e disputar as melhores colocações, e isso é uma evolução.
Se Diego Aguirre for mantido e o elenco for aprimorado, o ano de 2019 do Tricolor pode ser de títulos. Mas para isso, a vaga na Libertadores precisa ser garantida.
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